The Men – Open Your Heart

O The Men é uma banda no mínimo curiosa, a cada album eles sem muita cerimônia largam o estilo predominante das músicas por outros e bola pra frente, como se fosse super comum uma banda que começou tocando shoegaze pegar umas gaitas e tocar country rock.

Chega a ser engraçado ouvir Grave Desecration do primeiro album Immaculada, um noise rock pesado com vocais só gritaria e depois ouvir Sleepless do disco mais recente na época desse post Tomorrow’s Hits, uma canção que facilmente poderia estar em algum disco do Bob Dylan ou do The Birds. A banda parece ter um ciclo de metarmofose de bactérias sendo bombardeados por radiação gama.

Eu suponho que eles sofrem do mal da geração dos anos 90 pra cá, que é a falta de foco, afinal com acesso a tanta coisa por que ficar limitando suas possibilidades sonoras? Como toda boa banda de garagem seus primeiros discos são sujos e barulhentos, mas em Open Your Heart  eles encontraram um equilíbrio bom entre produção, técnica e emoção no som e assim como outros nomes que pintaram no blog (FIDLAR,The Oh Sees e Japandroids )  reciclam fórmulas tradicionais do rock de forma competente e prazerosa.

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The Sounds – Weekend ( tweet post)

Os Suecos do The Sounds em seu 5º disco voltam a boa forma de Living In America e Dying To Say This To You com sua mistura energética de Synthpop e Dance Punk  para a alegria geral.

Não há muitas novidades no som, afinal em time que está vencendo não se mexe.  Há sim um momento de baladinhas, mas é mais ou menos como aquele aquecimento para a festa de verdade que está para começar. Temos a presença de certos coros bacanas e até um banjo em meio a batidas eletrônicas na empolgante Great Day que prepara o terreno para a épica Outlaw, uma canção que define a cara do The Sounds: agressivo, festivo e carismático, graças claro as performances de Maja Ivarsson no vocal que animam até velório. Weekend tem ainda vários outros momentos excelentes como Shake Shake Shake, Animal e Young And Wild, um disco que deixa com vontade de um bis.

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Apanhador Só – Antes Que Tu Conte Outra

É Meus caros, esse seria mais um caso de tweet post, já que não é a primeira aparição dos porto-alegrenses do Apanhador Só aqui no blog, mas esse disco traz uma evolução grande na banda e portanto merece algumas palavras a mais.

Os elementos que consagraram a banda permanecem lá, o humor irônico, a incorporação de sons não tradicionais ainda estão presentes como o esqueleto ou alicerce para construções mais elaboradas e experimentais. Digo isso por que parece que a banda ligou a distorção, arregaçou as mangs e resolveu mostrar como se faz um disco de rock nacional como eu não via faz tempo.

A maturidade em relação ao trabalho é nítida logo na primeira faixa Mordido, a canção vai se apresentando aos poucos até estourar em guitarras e sons de glitchs ao estilo Radiohead, simplesmente sensacional, aliás eu gostaria de ouvir um disco deles só nessa pegada. Todas as tentativas de experimentação parecem ter dado muito certo, as letras afiadas de Alexandre Kupimski parecem melhores que nunca e transformam Despirocar, um relato de um dia cotidiano numa viagem épica.

Mas a banda que parece ter encontrado um público no folk permanece ainda lá e continua dando bons frutos no esquema letra e violão. o album intercala perfeitamente diversas emoções e climas diferentes, é uma diversão ouvir Líquido Preto depois da angustiante Despirocar e quando você vê as 12 faixas já se foram. Difícil dizer isso, especialmente quando há tantos lançamentos por ae que mal valem o single, ponto ainda pela produção e distribuição independente do disco com um encarte sensacional e mantendo a tradição: disponível “no Vasco” no site dos caras.

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Atoms For Peace – Amok

Superbanda ativar! forma de disco de rock/ eletrônico experimental

Esse album aqui está/foi tão hypado que não vale nem a pena ficar explicando do que se trata, aproveite que Thom Yorke parece estar no seu melhor humor desde que se ouve falar em Radiohead e escute essa bazooka de experimentos no que se enquandra como uma jam session do séc XXI. Grooves acompanhados de um notebook à tiracolo que deixam a experiência muito mais complexa e intensa pela infinidade de possibilidades de edição.

As faixas não se completam de forma satisfatória e parece não ser essa a intenção da banda, mais preocupada em tornar cada faixa auto-suficiente em sua viagem única, o que particularmente faz tudo ser menos consistente do que um In Rainbows ou um album do Fela Kuti, forte inspiração para as sessões já que o famoso afrobeat permeia grande parte da percussão de Amok, mas mesmo sem a consistência faixa a faixa o album consegue ganhar o ouvinte pelas belas disputas de personalidade de Flea, Yorke e o batera do R.E.M. Joey Waronker conflitando e se complementando ao mesmo tempo em momentos fantásticos como Before Your Very Eyes… e Stuck Together Pieces que te levam a uma bela trip sonora.

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Eels – Wonderful, Glorious (tweet post)

Isso mesmo, o album se autodefine de forma correta e se encontra pronto pra consumo auditivo numa mistura perfeita entre  rock, garage, bluegrass, indie rock na voz do hombre lobo, Mr. E. que já apresentei pra vocês aqui no ventiladores aproveitem!

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