Gogol Bordello – Trans-Continental Hustle

Gogol Bordello…. esse vai ser dificil mas vamos lá né, vamos usar técnicas lúdicas pra tentar entender essa putaria:

Imagine se a Jugoslávia ainda existisse e que todos aqueles povos não quisessem se matar, arianos, gregos, turcos, mongóis, judeus, ciganos e o caralho a quatro todos juntos. Agora imagine que todos eles resolveram se mudar pra terra da “liberdade”  vulgo Estados Unidos e tocar punk, mas não satisfeitos mantiveram os ritmos de suas respectivas nações originais nesse punk. Junte um punhado de malabares de circo, perfomance teatral estilo cabaré, alguns pingos de ácido lisérgico e 2 litros de anarquia, bata tudo num liquidificador gigante e você tem uma base pra entender a orgia cultural do Gogol Bordello.

O líder do grupo e consequentemente o mais insano (porque na democraria dos loucos somente o mais louco pode governar) Eugene Hutz : Ucraniano que fugiu do acidente de Chernobyl (mas na minha opinião não a tempo) entretanto… em vez de virar um mutante que solta raios cósmicos por orificios estranhos e se alimenta de tofu defumado ele ganhou o poder do entretenimento para nossa alegria! e satisfação 

Aí sim senhores Nós do Ventiladores , fomos surpreendidos novamente, com o recente Trans-Continental Hustle produzido pelo fodastico Rick Rubin e é claramente mais um tiro certeiro da trupe que transmite toda a energia figuradamente nuclear no album, e ainda com todos os intrumentos que você conseguir nomear: backing vocals de todos os estilos, sexos, tons de pele e claro! a cereja do bolo: A voz rasgada de Hutz guiando a festa. Dá pra imaginar eles na praça da sua cidade dando voltas pelas ruas gritando como um carnaval rockalesco.

Os melhores momentos se encontram  In The Meantime in Pernambuco (quase esqueço de mencionar que o cara adora o Brasil e mora atualmente no Rio também é ator e DJ) e Sun Is On My Side ; Mas a música titulo que fecha o cd também é muito boa. Apesar do album ser ótimo é razoavelmente diferente dos anteriores , neste há uma energia festeira mais presente de banda de rua e menos atitude punk. Soa mais suave e menos agressivo assim penso eu, enfim recomendado pra animar o ânimo e introduzir a banda pra seus trabalhos mais hardcores mas sem desmerecer esse nem por um segundo.

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Molotov – Dónde Jugaram Las Niñas

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¿Que pasa cabrón?, Molotov cocktail é um artefato feito com uma garrafa de vidro estopa e gasolina com propósitos variados mas com o objetivo de botar fogo no desgraçado que foi escolhido como alvo. mas o que uma banda mexicana de hard rock/rapcore tem a ver com isso? REVOLUÇÃO meu amigo, protesto, a luta do mais fraco contra o mais forte isso que o Molotov representa, o grito de “no matter how hard you try you can’t stop us now!” – Ei KFZ mas… isso é Rage Against The Machine! – sim meu filho nada mais é original. O importante aqui é a intenção, Dónde Jugaram las niñas é som de garagem alternativo + flamenco + politica + sexo o que mais você quer? como diz use it or lose it “if you got the skill use it or lose it”. se estiver duvidando da qualidade da banda, escute Puto pra entender a que nivel essa banda leva as linhas de baixo.

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VIVA MEXICO CABRONES

Por:KFZ

Ozomatli – Ozomatli

ozo

Ozomatli é a melhor junção de ritmos latinos (salsa, cumbia, samba) e africanos com hip hop, jazz, funk reggae, e rock.
A banda se formou com os membros se conhecendo no centro de paz e justiça de Los Angeles, por essa razão várias de suas músicas possui apelo ativista e consequentemente político. Nos primeiros dois albums você tem a presença de Chali 2na, uma das vozes mais reconhecidas do hiphop alternativo e membro do Jurassic 5
Ozomatli é o primeiro album Mainstream do grupo, é permeado por músicas em espanhol e inglês “rapeadas” e “cantadas” conforme a ocasião permite. Há constantemente a presença de metais nas músicas o que deixa as canções extremamente pulsantes e com cara de “big band”. Temos algumas faixas mais tranquilas à lá tango como Aqui No Será e meio termos como a crítica Chota a brutalidade policial.
O album é bem politico mas não deixa de ser divertido e animado, com toda essa latinidade no som fica dificil não transmitir várias emoções nas músicas e o que mostra a qualidade deles é a capacidade de fazer sons ligados a festejos e romances terem outros destinos não tão óbvios.


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Por: KFZ.

Rodrigo y Gabriela – SF

Não não é uma dupla sertaneja boliviana, Rodrigo y Gabriela são a vanguarda do violão virtuoso. Possuem habilidade no violão de dar inveja a Paco de Lucia e uma pegada que faria Jimmy Page parar pra ouvir. Inclusive, está lá, um cover de Starway to Heaven e da emblemática Orion do Metallica, entretanto o forte são suas composições originais só de percussão e violão que parecem ter saído de uma tourada para cair direto do seu ouvido. o entrosamento dos dois nos albums seguintes (Re-Foc) parece ter evoluido e adicionado novos instrumentos ao som da dupla, o som flamenco é tão animado que você esquece que não há vocal aliás eu cogito dizer que não há espaço para vocal no som deles, clichés a parte é um puta som. Destaques para Diablo Rojo do Self Titled e Foc do albúm Re-Foc

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Por: KFZ