Assim como Elvis Presley tornou-se um sinônimo de Rock’nRoll , James Brown fez o mesmo para o Funk, ambos também geraram uma quantidade quase infinita de seguidores que procuravam emular seu som e atitude. Superar esses caras é querer mover uma montanha de lugar, então o melhor a fazer é buscar seu próprio caminho, Lee Fields, ou pequeno James Brown como ficou conhecido, parece que não conseguiu chegar a essa conclusão sozinho
Desde 1969 ele grava discos, alguns bons que geraram turnês com grandes nomes como Kool And The Gang, outros medianos, mas nada que fizesse -o sair da sombra do Padrinho do Soul e deslanchar sua carreira fora do círculo do Funk e cair nas graças do grande público. Isso até conhecer seus novos parceiros um pessoal bem mais jovem, a banda The Expressions que o instigou a procurar novos rumos para suas canções e trataram de refinar o estilo soul clássico em algo mais contemporâneo, sem necessariamente diluir as qualidades que fazem um belo disco de Soul.
A nova parceria resultou no ótimo My World, que é exatamente o que aconteceria se um cantor de Soul dos anos 60 fizesse um disco nos anos 2000, o som manteve o aspecto grandioso e contagiante dos anos de ouro da Motown, mas ele torna-se menos formulaico e permite estruturas mais diversas nas canções que o afastam de um rótulo retro-soul, mas é em Emma Jean que temos a jóia da coroa, Fields parece estar totalmente confortável com sua banda e isso reflete nas composições, cada uma mais intensa que a outra, não há como ficar passivo ao ouvir Magnolia ou Stone Angel, com 63 anos Fields nunca esteve tão afiado e grandes feitos realmente não tem idade para acontecer.
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