Quando começou a tocar o álbum já estranhei, será que li certo o nome da banda, e não era Velvet Underground (…) Voltei para o começo da primeira faixa umas três vezes, não podia me permitir ouvir o restante do álbum, meus ouvidos não podiam acreditar nesse presente e temia a decepção do álbum não ser tão bom quanto àquela primeira faixa (…) Logo eu que já havia desistido de procurar algo realmente sensível e puro no rock contemporâneo, algo que não fosse mais uma banda indie deprê. Logo hoje, um dia tão cinza de uma semana tão fria, de meses tão longos e incertos, tempos esses que fazem as coisas perderem o brilho. A vida sorriu com esse álbum nas recomendações do youtube : )
The Underground Youth começou em Manchester, UK, mais precisamente, no quarto de Craig Dyer – vocalista da banda. Inspirado por Bob Dylan e Velvet, Craig buscava transmitir a irreverência psicodélica e a sujeira despretenciosa que permeava os primeiros movimentos de rock de garagem e proto-punk dos meados da década de 60. Após algumas gravações caseiras, nasce The Underground Youth, com uma formação bastante arrojada, Guitarrista, Baixista e Baterista, visto que as bandas psicodélicas contemporâneas geralmente têm cinco guitarristas e centenas de sintetizadores.
Mas é com poucos acordes e muita sensibilidade que se faz rock n roll de garagem com qualidade e no álbum Mademoiselle de 2010 transbordam esses elementos. A primeira faixa, Hope and Pray já deixa claro o tamanho da viajem na qual o ouvinte irá embarcar, sem nenhuma decepção ao longo do disco e com pontos altos em Lord Can You Hear Me? que mistura baladas folk e barulho no melhor estilo Jesus and Mary Chain. E a faixa Hedonism que quebra um pouco o ritmo arrastado do álbum e te coloca pra dançar antes do disco acabar ; )
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